Swami Prabhupada:
fundador do movimento Hare Krishna,
e um racista virulento, anti-semita
Palash Ghosh
Abhay
Charanaravinda Bhaktivedanta Swami Prabhupada, mais conhecido como A.C.
Bhaktivedanta ou simplesmente pelo honorífico “prabhupada” – foi um Bengali
Hindu indiano, líder espiritual que fundou a Sociedade Internacional para a
Consciência de Krisha, em si mesmo melhor conhecido como movimento “Hare
Krishna”.
Prabhupada, que
morreu em 1977, criou sozinho um fenômeno global que espalhou o “vaishnavismo”,
uma seita do hinduísmo, até os extremos confins da Terra. Praticamente todas as
grandes cidades (e até mesmo algumas cidades menores), na Europa, América do
Norte, Austrália e América do Sul, - para não mencionarmos a própria Índia –
possui hoje templos a Krishna, devotos com cabeça raspada e vestindo roupas açafrão.
O movimento
Hare Krishna – que também, sem dúvida, ajudou a popularizar o yoga no mundo
ocidental – atraiu um número igual de admiradores e críticos hostis fora da
Índia. No entando, em sua essência, o movimento promoveu algumas atividades
muito benevolentes e saudáveis, incluindo a oração, devoção a Deus, a paz, o
vegetarianismo e a monogamia (ou, em alguns casos, a abstinência sexual).
Mas o homem que
liderou o império Hare Krishna, Prabhupada, defendeu algumas visões controversas
muito polêmicas, até mesmo ultrajantes, para aqueles que são, de outro modo,
simpáticos ao comportamento espiritual e à teologia.
Por um lado,
Prabhupada vomitou um ódio racial cáustico para com os negros/africanos –
repetidamente e de forma explícita. Os exemplos de sua intolerância racial são
numerosos, e frequentemente registrados em palestras e conversas privadas com
seus muitos devotos e discípulos ao longo de décadas.
Mesmo se algum
dos seus comentários foram tomados fora de contexto (como seus defensores e
apologistas às vezes afirmam), o volume e a magnitude do seu imenso fanatismo
não pode ser ignorado, nem revestido de açúcar.
Parte do ódio
aos negros por Prabhupada resultou de suas profundas crenças hindus, que os
povos de pele escura representam a parte inferior da hierarquia da raça humana –
um reflexo direto baseado no antigo sistema de castas de cores da Índia.
Por exemplo, em
abril de 1968, numa carta para um discípulo sênior, chamado Satsvarupa Dasa
Goswami (nascido italiano católico romano, em Staten Island, com o nome de
Stephen Guarino), Prabhupada escreveu: “Certamente não vamos dizer essas coisas
sobre o povo negro publicamente, nós não fazemos distinção entre preto e
branco, ou demônio e semideus, mas, ao mesmo tempo, contanto que seja demônio
ou semideus, nós temos que agir de forma adequada”. Estas palavras, que sugerem
que os negros devem ser mantidos a uma distância, foram proferidas logo após o
assassinato de Martin Luther King Jr.
Durante um
discurso antes de uma aula em Los Angeles, no final daquele ano, Prabhupada
contou uma historia bizarra de como o apartamento dele, onde estava hospedado
em Nova Iorque, tinha sido assaltado e sua máquina de escrever roubada. “Quando
eu voltei [ao apartamento] vi a porta quebrada”, disse Prabhupada. “O síndico
[do prédio] era um negro. Eu sei que fora ele quem tinha feito aquilo. Isso é
muito comum aqui na América”.
Numa conversa com os devotos nas ilhas Maurício, em 1975, Prabhupada criticou o materialismo
grosseiro do Ocidente e, simultaneamente, censurou às pessoas negras: “Isso
tudo [a civilização] é absurdo”, declarou ele. “Um carro Rolls Royce de
primeira classe, e quem está sentado nele? Um negro de terceira classe. Isso é
o que está acontecendo. Você irá encontrar estas coisas na Europa e na América.
Isso é o que está acontecendo. Um carro de primeira classe e um negro de
terceira classe”.
Prabhupada frequentemente
usava o termos “negro”, apesar de a palavra ter entrado em desuso na maioria
dos países de língua inglesa.
O tema do negro, como amaldiçoado por Deus, e sem esperança para além da redenção, apareceu
várias vezes nos comentários de Prabhupada.
Durante uma sessão
de iniciação em Bombaim (agora chamada de Mumbai), ele disse a alguns devotos
que estavam se preparando para irem a África: “Vocês têm uma boa oportunidade.
Vocês estão indo para a África, para oferecer a aquelas pessoas... aqueles
grupo de homens são considerados muito caídos... os negros. Eles estão
habituados a roubar, por isso, eles foram destinados a viverem em locais
separados, nas selvas africanas”.
Para um homem
que veio de um país colonizado pelos britânicos, Prabhupada fez algumas declarações
bastante chocantes sobre o imperialismo, em particular, pertinentes aos Estados
Unidos. Em uma discussão com um discípulo chamado Syamasundara Dasa, Prabhupada
parecia equiparar os nativos americanos (pejorativamente chamados de “peles-vermelhas”)
da América do Norte, com os shudras (a mais baixa casta; os índios de pele mais
escura no sistema de castas da Índia). “Shudras [negros] não têm cérebro”,
disse ele. “Nos Estados Unidos também, toda a América pertenceu aos índios pele-vermelha.
Por que eles não prosperaram? A terra estava lá. Por que fizeram isso os estrangeiros,
os europeus, que vieram e prosperaram? Então, os Shudras não podem fazer
quaisquer melhorias”.
Prabhupada,
aparentemente, também abraçou profundamente o mito do “ariano”, super-raça, que
ligou os povos antigos da Índia com a Europa e os Estados Unidos. Durante uma
palestra na Austrália, dada um ano antes a sua morte, Prabhupada declarou que “Os
Aryanos se espalharam também para a Europa, e os norte-americanos, também, se
espalharam a partir da Europa. Assim, a classe inteligente do ser humano
pertence aos arianos, a família ariana, do modo como Hitler afirmou que ele
pertencia à família ariana”.
O Swami também
igualou os Dravidianos, isto é, os habitantes originais de pele escura da
Índia, que agora predominam no sul daquele país, aos negros africanos. Ele também
lamentou que os Dravidianos (negros) misturaram-se com os arianos (brancos) ao
longo da história indiana, incluindo a sua terra nativa, a Bengala. “Na
Bengala... os pretos se misturaram com os brancos”, ele se queixou. “Na Bengala
e em Madras [agora chamada Chennai, uma cidade no sul da Índia] muitos
Dravidianos misturaram-se com os arianos. Portanto, na Bengala e em Madras vocês
encontrarão muitos negros”.
Os Dravidianos,
declarou Prabhupada, são “não-arianos. Assim como estes africanos, eles não são
arianos”.
Parece que
Prabhupada advertia que a mistura de raças que ocorreu na Índia estava ocorrendo
também na Europa e na América, e que isso iria criar sérios problemas no
futuro.
Ele também
declarou algumas opiniões profundamente pessimistas sobre a questão do conflito
racial dos Estados Unidos. Falando em Teerã, no Irã, em 1976, Prabhupada
declarou: “Eu não acho que a questão dos negros [nos Estados Unidos] esteja
resolvida... os brancos, ainda, eles não gostam dos negros. Onde quer que haja
negros, no bairro que seja, os brancos não irão... embora a eles [aos negros]
têm lhes sido dado direitos iguais, mas no coração dos brancos, eles não gostam
disso. Existe alguma melhoria nisso? Eu acho que não”.
Prabhupada,
também, parecia endossar a segregação, a separação de raças, referindo-se ao
comportamento no reino animal. “[pretos] corvos, não irão gostar de viver com
os patos e com cisnes brancos”, teria dito durante uma viagem de trem na Índia,
durante o último ano de sua vida. “E cisnes brancos não gostam de viver com os
corvos. Isso é uma divisão natural”.
Numa conversa
com um discípulo americano, chamado Ramesvara, Prabhupada sugere que sem o
controle do governo, por meio do bem-estar, as pessoas negras se tornariam “fora
de controle”, e criariam a desordem na sociedade. “Especialmente no seu país
[EUA] vai ser perigoso, porque esses negros, se eles não tiverem emprego, eles
vão criar o caos”, disse ele. “E eles não são civilizados. Eles querem
dinheiro, e se eles não recebem dinheiro, então eles irão criar grandes confusões”.
Em fevereiro de
1977, numa conversa em Mayapur, ao longo do Ganges, Prabhupada pontificou o que
deve ser feito com os “negros” (os shudras) da Índia, mais uma vez,
igualando-os com os Afro-americanos dos Estados Unidos. A espantosa maioria,
como Prabhupada sugeriu, das pessoas negras, devem permanecer presas. “Os
shudras devem ser controlados”, disse ele. “Eles nunca devem estar livres.
Assim [deve ser] nos Estados Unidos. Os negros eram escravos. Eles estavam sob
controle. E uma vez que vocês deram a eles os mesmos direitos, eles estão
perturbando, mais perturbação, sempre criando situações temerosas [esses
negros] são incultos e bêbados. Que tipo de treinamento eles têm? Eles têm
direitos iguais? É melhor para eles mantê-los sob controle, como escravos, mas
dando-lhes comida e roupas suficientes, não mais do que isso. Então, eles irão
ficar satisfeitos”.
Anti-semita
Prabhupada também
tinha algumas palavras escolhidas sobre os judeus. Numa outra conversa com
Ramesvara, Prabhupada alegou que Hitler matou os judeus na Alemanha, porque os
bancos nos Estados Unidos e Europa Ocidental [supostamente controlados pelos
judeus) estavam ajudando a financiar Vladimir Lenin, a revolução comunista na
Rússia, e em outros lugares. “Eles [os banqueiros judeus] estavam financiando
contra [os interesses] a Alemanha”, disse Prabhupada. “Caso contrário, ele [Hitler]
não teria inimizade contra os judeus... os judeus têm dinheiro. Eles querem
investir e obter algum lucro. Seu único interesse é conseguir dinheiro, [não]
nacionalismo, [não] religião, nada do tipo.. .portanto, Shakespeare escreveu ‘Shylock,
o judeu”.
Além disso,
falando em Nova Iorque, em março de 1966, o Swami declarou: “Hitler era um
ótimo aluno do Bhagavad-gita [escritura clássica hindu]”.
Um devoto
chamado Gopagopisvara Dasa escreveu que Prabhupada claramente abraçava o racismo
e a eugenia. “Prabhupada certamente acreditava que havia uma raça humana
mestre, os arianos, e que eles eram brancos ou bege”, escreveu ele. “A maioria
das outras raças, como africanos ou nativos americanos, eram inferiores”.
Claro,
Prabhupada nunca iria admitir que ele era um racista, pelo menos não da maneira
que os ocidentais entendem essa palavra. Ele provavelmente nem sequer entendeu o
furor que suas observações teriam feito (que foram transmitidas a um público
amplo, e que não estaria durante a sua vida). Conceitos como “direitos civis”,
e “igualdade humana”, são realmente sem sentido para alguém como Prabhupada,
quem se dedicou a sua vida quase que exclusivamente a antigos textos védicos, e
preparando para o próximo mundo.
fonte: IBT
E como poderia ser assim com alguém que
ResponderExcluirrecebe o nome de "sua Divina Graça"?
os maiores crimes são cometidos em nome da santidade e do sagrado.
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